- Oxfam: apenas 12 caminhões entregaram alimentos e água no norte de Gaza desde outubro
- Rússia exibe pequeno mamute quase intacto de mais de 50.000 anos
- Polícia prende suspeito de atear fogo em mulher no metrô de Nova York
- Pelo menos dois mortos e 12 desaparecidos após queda de ponte entre Tocantins e Maranhão
- Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua
- Marcas de luxo ocidentais permanecem na Rússia apesar das sanções
- Caças da Otan: patrulha permanente para proteger os países bálticos da Rússia
- Biden comuta as penas de 37 condenados à morte
- Honda e Nissan anunciam início de negociações para fusão
- Presidente do Equador ordena aumentar busca por adolescentes desaparecidos em ação militar
- Trump promete 'deter a loucura transgênero' em seu primeiro dia de governo
- Famílias pedem devolução de crianças resgatadas de seita judaica na Guatemala
- Trump anuncia que designará cartéis mexicanos como terroristas
- PSG bate Lens nos pênaltis e avança na Copa da França; Olympique e Monaco goleiam
- Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal
- Mais de 3.000 crianças indígenas morreram em internatos nos EUA (Washington Post)
- Atalanta vence 11ª seguida e retoma liderança do Italiano; Juve bate lanterna
- Musk, presidente dos EUA? 'Não pode ser', garante Trump
- Novo homem forte da Síria promete controle estatal de todas as armas no país
- Roberto Mancini admite que trocar Itália por Arábia Saudita foi um erro
- Brasileiro João Fonseca é campeão do NextGen ATP Finals
- Primeiro-ministro da Eslováquia faz visita surpresa a Putin
- Dortmund bate Wolfsburg e vence 1ª fora de casa no Campeonato Alemão
- Dois pilotos dos EUA sobrevivem à destruição de avião 'por engano' no Mar Vermelho
- Dez membros da mesma família morrem em acidente aéreo em Gramado
- Salah brilha e líder Liverpool atropela Tottenham; United perde em casa
- Fontana di Trevi de Roma é reaberta após várias semanas de limpeza
- Real Madrid bate Sevilla e sobe para 2º no Campeonato Espanhol
- Bournemouth vence Manchester United em Old Trafford e sobe para 5º no Campeonato Inglês
- Novo homem forte da Síria promete não interferir de maneira negativa no Líbano
- Número de mortos em acidente de ônibus em MG sobe para 41
- Governo da Alemanha promete explicações após atropelamento em mercado de Natal
- Novo líder da Síria promete que país não exercerá 'interferência negativa' no Líbano
- Papa condena mais uma vez a 'crueldade' dos bombardeios israelenses em Gaza
- Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia
- Governo da Alemanha enfrenta pressão após atropelamento em mercado de Natal
- Bombardeios israelenses deixam 28 mortos em Gaza, afirma Defesa Civil
- Primeiro-ministro francês inicia mandato com impopularidade recorde
- Trump ameaça retomar o controle do Canal do Panamá
- EUA diz ter bombardeado alvos rebeldes huthis no Iêmen
- Le Havre e Montpellier caem na Copa da França para times da 4ª divisão
- Atlético de Madrid vence Barcelona de virada e é o novo líder do Espanhol
- Albânia suspenderá acesso ao TikTok por pelo menos um ano
- O desamparo dos sírios nas aldeias ocupadas por Israel
- Bayer Leverkusen atropela Freiburg (5-1) com 4 gols de Schick
- Brasileiro João Fonseca se classifica à final do NextGen ATP Finals
- City perde para Aston Villa e agrava sua crise; Arsenal e Forest aproveitam
- ONG projeta 170 feminicídios na Venezuela no encerramento de 2024
- Cientistas constatam 'tempo negativo' em experimentos quânticos
- Suspeito do atropelamento mortal em mercado de Natal criticava islã e Alemanha
Família da prêmio Nobel da Paz presa no Irã está determinada a 'difundir sua voz'
O convite foi enviado para a "senhora Nargès Mohammadi, prisão de Evin, Teerã", mas, no próximo domingo (10), serão seu marido, Taghi Rahmani, e seus filhos, Ali e Kiana, que vão receber em Oslo o prêmio Nobel da Paz dessa ativista iraniana encarcerada.
A vencedora do Prêmio Nobel, de 51 anos, dedicou sua vida à defesa dos direitos humanos no Irã, à custa de anos de prisão e de uma separação dolorosa do marido e dos filhos gêmeos de 17 anos, que chegaram à França em 2015. Ali e Kiana não veem a mãe há quase nove anos e não ouvem sua voz desde sua última entrada na prisão, há mais de um ano.
Taghi Rahmani, o pai, refugiou-se em França em 2012, após anos de ativismo e detenções na prisão no Irã. Conseguiu desfrutar de apenas quatro ou cinco anos de vida em comum com sua esposa.
"Desde meus quatro anos, era meu pai, ou minha mãe, que estava na prisão. Nunca mais os vi juntos", lembra Ali, em conversa com a AFP no apartamento onde a família mora em Paris.
Em uma prateleira da sala, estão expostos todos os prêmios de Nargès, como a distinção concedida pela Unesco, cidade de Paris e Pen club.
Taghi mostra uma série de fotos: ele e Nargès no dia do casamento em 1999, em Qazvin (noroeste do Irã), os bolos que comeram nesse dia, a família de sua esposa... E a única imagem de toda a família reunida: ele, sua esposa e seus filhos. Ali, de jeans, e Kiana, de roupa esportiva, posam para uma foto de família com o pai, que veste a jaqueta que usará no domingo em Oslo.
"Fique no meio da gente, pai!", pedem os filhos.
Com a mesma naturalidade, Kiana, que se parece muito com a mãe, mostra o impressionante vestido preto que usará na cerimônia: “Passei uma semana procurando minha roupa!".
Ser elegante, ficar bem, continuar firmes e unidos, como sua mãe sempre ensinou. "Foi o que ela me disse na última vez que falei com ela, há um ano e meio, antes de ela voltar para a prisão", relembra Ali.
O discurso da premiada está pronto. Da prisão, Nargès Mohammadi conseguiu fazê-lo chegar até sua família, mas seus filhos, que lerão a mensagem durante a prestigiosa cerimônia, ainda não o abriram.
- Espalhar a voz -
"O importante para nós é difundir sua voz", diz Ali.
"Este prêmio pertence a todo o povo iraniano", acrescenta.
Um prêmio de prestígio que, no entanto, causa "muita dor física" à sua mãe, privada de comunicações e até de cuidados médicos. "O Prêmio Nobel é uma afronta ao regime iraniano", explica.
"Eles a odeiam infinitamente", completa Kiana. Mas, "psicologicamente, este prêmio é maravilhoso", diz Taghi, cujas palavras são traduzidas por seu filhos para o francês.
Os gêmeos não acreditam em uma libertação rápida da mãe. Acham, inclusive, que o Prêmio Nobel tornou tudo ainda mais complicado.
Ainda assim, citando sua mãe, Ali diz que "a vitória não é fácil, mas é certa".
"Esqueci o som da voz dela, a altura, como é, na verdade", desabafa a jovem.
"Aceitei esta vida. É um sofrimento horrível viver sem sua mãe, mas não nos queixamos. Pelo menos, toda nossa família está viva, o que não é o caso de muitos iranianos", repete.
A cerimônia do Nobel "é o acontecimento mais importante nos meus 17 anos de existência", afirma Kiana, que não pretende se desviar do discurso da mãe, nem mesmo para pedir sua libertação: "Não é a minha hora, é da minha mãe e de todo o povo iraniano".
D.Cunningha--AMWN