- Rússia contra-ataca em territórios tomados por tropas ucranianas
- Semana de Moda de Londres começa 'com o DNA de sua originalidade'
- Reforma para eleição popular de juízes no México está pronta para ser promulgada
- EUA sanciona 16 funcionários de Maduro por 'fraude eleitoral' na Venezuela
- Embalado no Espanhol, Barça enfrenta 'velhos fantasmas' contra o Girona
- McLaren vai favorecer Norris na luta pelo título da F1
- BCE volta a reduzir taxa de juros, mas não indica seus próximos passos
- Catedral de Notre Dame recupera seus oito sinos antes da reabertura
- Itália escolhe Udine para receber Israel em jogo da Liga das Nações
- Red Bull e Verstappen na defensiva em Baku; McLaren parte para o ataque em busca do título
- Luxo sobre rodas: carros de alto padrão roubam a cena dos clássicos americanos em Cuba
- Comédia 'stand-up' traz esperanças de reinserção social a presidiárias no Paraguai
- Bon Jovi salva mulher da beira de uma ponte nos EUA
- Guerra mergulha Gaza e Cisjordânia em crise econômica 'impressionante', denuncia a ONU
- Jogador espanhol Hugo Mallo é considerado culpado em caso de abuso sexual
- Tufão Yagi deixa rastro de destruição e mais de 200 mortos em sua passagem pelo Sudeste Asiático
- SpaceX faz história com primeira caminhada espacial privada
- China exporta suas técnicas de vigilância para o mundo
- Federação inglesa acusa uruguaio Bentancur de má conduta contra seu companheiro Son
- Técnico espanhol Mikel Arteta renova com Arsenal
- Brasil pede à UE que adie implementação da lei antidesmatamento
- 'Faz o M': Pablo Marçal, o candidato conservador que sacode a disputa à Prefeitura de São Paulo
- Astronautas da SpaceX fazem histórica caminhada espacial privada
- Mais da metade da população mundial conta com proteção social
- Papa Francisco pede proteção à 'dignidade dos trabalhadores migrantes' em visita à Singapura
- 'Girassóis' de Van Gogh em forma de tríptico serão exibidos em Londres
- Premiê da Espanha recebe opositor venezuelano González Urrutia em momento de tensão entre Caracas e Madri
- União Europeia investiga uso de dados pessoais pelo Google
- Tufão Yagi deixa rastro de destruição e mais de 200 mortos em sua passagem pela Ásia
- Disputa pelo cargo de premiê do Japão tem nove candidatos, um recorde
- Em Singapura, papa Francisco pede proteção à 'dignidade dos trabalhadores migrantes'
- Destroços de navio francês que naufragou em 1856 são encontrados
- Alberto Fujimori, um ex-presidente venerado e odiado no Peru
- Maduro pede a espírito de Maradona que assombre Milei
- Ex-presidente peruano Alberto Fujimori morre aos 86 anos
- Trump e Kamala respeitam trégua temporária por aniversário do 11/09
- Brasil estreia com derrota para Itália na Copa Davis; Bélgica, Espanha e EUA vencem
- Argentina segue no topo, mas sentiu falta de Messi
- Tupinambás recuperam manto sagrado após séculos de espera
- Nicarágua aprova lei de crimes cibernéticos criticada por opositores
- Ex-presidente peruano Alberto Fujimori em estado de saúde delicado
- SpaceX faz contagem regressiva para sua primeira caminhada espacial
- Congresso argentino ignora protestos e ratifica veto de Milei à lei que aumentaria aposentadorias
- Jornalistas colombianos protestam contra Dibu Martínez por agressão a cinegrafista
- Nicarágua vai punir com prisão publicações contra o governo nas redes sociais
- Liderada por James, Colômbia exorciza fantasma argentino e segue firme rumo à Copa de 2026
- Brasil estreia com derrota para Itália na Copa Davis; Bélgica e Espanha vencem
- EUA e Reino Unido prometem resposta rápida a demandas militares da Ucrânia
- Congresso argentino confirma veto de Milei a aumento das aposentadorias
- Haití critica declarações de Trump contra imigrantes
China assume liderança no mercado automotivo da América Latina
Com algumas dúvidas, Claudio Pérez comprou o seu primeiro carro familiar de origem chinesa. Dois anos depois, o caminhoneiro chileno não se arrepende da compra e afirma que seu próximo veículo também será fabricado na China.
"A marca chinesa é estigmatizada, mas o caminhonete é impecável, não tive problemas", diz Pérez, 47 anos, que trocou os carros coreanos por um modelo chinês da marca Jetour.
Ele não se convenceu a princípio devido à má reputação dos primeiros modelos chineses, mas precisava comprar um carro com urgência. Recebeu a indicação da marca e não se arrepende.
As montadoras chinesas pisaram no acelerador e, com alternativas que aliam preço e qualidade, conseguiram conquistar o mercado da América Latina, superando Estados Unidos e Brasil.
Nos últimos cinco anos, a China quadruplicou as vendas para a região. Se em 2019 vendeu automóveis por 2,18 bilhões de dólares (8,78 bilhões de reais na cotação da época), em 2023 atingiu 8,56 bilhões de dólares (41,43 bilhões de reais na cotação da época), 20% do total medido em dinheiro, para se tornar o principal fornecedor da América Latina, segundo o International Trade Center (ITC, em inglês).
Os Estados Unidos, que ocupavam o primeiro lugar até 2021, chegaram a 17%, enquanto os carros fabricados no Brasil caíram de 14% para 11% no ano passado.
No mercado emergente de veículos elétricos, o domínio é maior: 51% das vendas na região correspondem a carros do gigante asiático, enquanto praticamente todos os ônibus elétricos são chineses.
"O crescimento dos fabricantes de automóveis chineses nos últimos anos tem sido exponencial, graças a melhorias significativas na qualidade, tecnologia e design", disse à AFP Andrés Polverigiani, gerente de inteligência de marketing automotivo da consultoria Nyvus.
- Competir de igual para igual -
Nenhum outro mercado fora da Ásia tem uma participação tão alta de automóveis desta origem, prova da importância da China, segundo parceiro comercial da região, nas economias latino-americanas, segundo o ITC.
Na União Europeia e nos Estados Unidos, dois mercados com uma forte indústria automotiva, a imposição de tarifas a impediu de avançar com maior força.
Embora pequeno, o mercado chileno é considerado um dos mais competitivos do mundo. Praticamente livres de tarifas devido a uma ampla gama de acordos comerciais, 80 marcas de 28 origens oferecem mais de 600 modelos de veículos.
O desembarque de carros chineses nos portos do país parece incessante.
"Um carro chinês aqui compete com as mesmas características de um americano ou europeu. As tarifas mais baixas também levaram a preços muito competitivos", destaca o presidente da Associação Nacional Automotiva do Chile, Diego Mendoza.
No ano passado, os carros chineses representaram quase 30% das vendas no país.
Assim como no Chile, Equador, Peru e Colômbia, a aposta da China é dominar o mercado, enquanto no Brasil e no México, os grandes fabricantes regionais, a China busca vender e também produzir.
A gigante BYD está construindo a maior fábrica de carros elétricos fora da Ásia em Camaçari, na Bahia, com capacidade para produzir 150 mil veículos por ano. A GWM também comprou uma fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (leste de São Paulo) para produzir 100 mil unidades elétricas por ano.
"O Brasil é um país com grande volume de vendas, ainda com baixa presença de veículos elétricos e baixa presença de chineses. Se eu fosse executivo de uma empresa automotiva chinesa, também veria o mercado brasileiro com muito interesse", comenta à AFP Cassio Pagliarini, especialista da Bright Consulting.
- Mais pelo mesmo preço -
A China conseguiu atrair consumidores após se associar a grandes fabricantes, em alianças que permitiram baixar processos de produção e melhorar tecnologias.
"As pessoas os testavam e os adotavam de acordo com suas preferências", diz Rubén Méndez, gerente de marketing da Movicenter, onde carros são vendidos no Chile.
Em relação aos preços, José Carlos De Mier, representante da Nyvus no México e em Porto Rico, explica que "em alguns países da América Latina, as marcas de origem chinesa oferecem mais pelo mesmo preço".
Na América Latina, os automóveis chineses permitiram o acesso ao primeiro veículo a segmentos da população de média ou baixa renda e a expansão de tecnologias mais limpas em cidades poluídas como Santiago, Bogotá ou Cidade do México, explica Sebastián Herreros, economista da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
"Todos os nossos países têm que avançar rapidamente para a eletromobilidade devido a um desafio quase de sobrevivência e a China é um parceiro ideal: tem a escala de produção e a capacidade de vender a preços convenientes", acrescenta Herreros.
H.E.Young--AMWN