- Petra Kvitova anuncia retorno ao tênis 7 meses após nascimento do filho
- EUA suspende tarifas ao México por um mês
- Após emprestar Morata, Milan confirma contratação de Santiago Giménez
- Talibãs apostam na mineração no Afeganistão como fonte de renda
- Daniel Noboa e Luisa González se enfrentarão pela presidência do Equador
- WTA publica ranking sem mudanças no Top 10; Bia Haddad é 16ª
- Sinner, Zverev e Alcaraz seguem dominando ranking da ATP após semana de Davis
- Equador elegerá presidente imerso na violência do tráfico de drogas
- França e Índia convocam cúpula sobre IA diante dos desafios de EUA e China
- Confira os vencedores das principais categorias do Grammy
- Inflação voltou a subir na zona do euro em janeiro, para 2,5%
- Por que EUA acusa China de contribuir para o tráfico de fentanil?
- Dirigentes da UE se reúnem para falar sobre defesa, mas tarifas entram na agenda
- A complexa indenização às vítimas tchecas de esterilização forçada
- Separatista Bart de Wever toma posse como primeiro-ministro da Bélgica
- Pressionada por DeepSeek, OpenAI apresenta 'deep research' no ChatGPT
- Amor por Los Angeles e mensagens políticas: os principais momentos do Grammy
- 'Não vamos embora': Latinos protestam contra deportações de Trump
- UE, Otan e Reino Unido discutem sobre defesa, sob pressão de Trump
- Davi Alcolumbre e Hugo Motta são eleitos para comandar Senado e Câmara dos Deputados
- No tribunal, Jenni Hermoso condena beijo de Rubiales: 'Isso nunca deveria acontecer'
- Kendrick Lamar vence Grammy de Gravação do Ano com 'Not Like Us'
- Shakira vence Grammy de melhor álbum de pop latino com 'Las mujeres ya no lloran'
- Rubio ameaça Panamá com 'medidas' se China mantiver 'influência' no canal
- Olympique de Marselha vence Lyon e mantém vice-liderança no Francês
- Produtores mexicanos pedem 'diálogo' para acabar com guerra comercial com EUA
- Inter arranca empate em clássico com o Milan; Juventus goleia Empoli
- Arsenal atropela City e se consolida como principal perseguidor do Liverpool
- Leverkusen vence Hoffenheim e mantém perseguição ao Bayern no Alemão
- Exército israelense afirma ter matado 50 'terroristas' na Cisjordânia desde 14 de janeiro
- Alemães se manifestam contra extrema direita em Berlim
- Rubio discute exigências de Trump sobre canal com presidente do Panamá
- Presidente sírio diz que Arábia Saudita expressou vontade de ajudar na reconstrução
- Trump admite possíveis represálias por sua guerra comercial
- Brasil é eliminado da Copa Davis pela França
- Barcelona vence Alavés e fica a 4 pontos do líder Real Madrid
- Esposa de Netanyahu está sob investigação criminal, anuncia MP israelense
- Trump diz que 'dor' provocada pelas tarifas 'valerá a pena'
- Presidente sírio se reúne com príncipe saudita em sua primeira visita ao exterior
- Tarifas dos EUA sobre México provocam crise inédita entre dois aliados importantes
- Com 2 de Kolo Muani, Juventus goleia Empoli no Campeonato Italiano
- Ucrânia e Rússia trocam acusações sobre bombardeio na região russa de Kursk
- Presidente sírio viaja à Arábia Saudita em sua primeira visita ao exterior
- Netanyahu viaja a Washington para reunião com Trump, aliado inabalável e exigente
- Diretora do Louvre quer criar ingresso especial para observar a 'Mona Lisa'
- Operações militares israelenses deixam vários mortos na Cisjordânia
- EUA anuncia tarifas contra México, China e Canadá, que prometem retaliação
- EUA acusa México de aliança com cartéis e lhe impõe tarifas junto com China e Canadá
- Argentina tem grande protesto contra Milei em defesa da diversidade
- Real Madrid perde para Espanyol; Atlético encosta na liderança
A complexa indenização às vítimas tchecas de esterilização forçada
Anna Adamova foi esterilizada há mais de 30 anos e agora reivindica uma indenização por parte da República Tcheca para que compense, de alguma forma, o trauma causado pela política de controle de natalidade do comunismo vigente na época.
"Eles destruíram a minha vida", diz esta mulher de 55 anos que pertence à comunidade cigana, recordando o procedimento a que foi submetida após o nascimento de seu quarto filho.
Moradora de Ralsko, no nordeste de Praga, Adamova é uma das mais 2.300 cidadãs tchecas que apresentaram um pedido de indenização, no marco de uma lei aprovada em 2022 que prevê reparações de 300.000 coroas (cerca de US$ 12.300 ou R$ 72 mil, na cotação atual) às vítimas.
A medida implementada por Praga é incomum na região, mas organizações denunciam falhas no procedimento. O governo agora pretende prorrogar o prazo para apresentação dos pedidos, que expirou no início de janeiro.
- "Testemunhos ignorados" -
O regime comunista da Tchecoslováquia estabeleceu "prêmios de esterilização" e incentivava assistentes sociais a limitarem a fertilidade das ciganas.
Na época, algumas mulheres não sabiam ler ou escrever, outras não tinham informações suficientes sobre o procedimento. Até hoje não se sabe o número exato de mulheres afetadas pela cirurgia.
A prática, iniciada em 1971, continuou após a transição democrática e a divisão do país em dois Estados (República Tcheca e Eslováquia), permanecendo em vigor, em forma variável e dependendo do centro médico, até 2007.
Para Anna Adamova, aquele dia maldito de 1991 ainda lhe causa pesadelos: ameaçaram levar seu bebê caso se recusasse a ser esterilizada.
"Eu estava apavorada, então concordei, sem saber o que a palavra significava", disse ela à AFP. Seu parceiro na época, com quem ela sobrevivia em condições muito precárias, a deixou.
Segundo ela, em sua cultura, "considera-se que uma mulher estéril não serve para nada".
Desde então, Anna conta que tem sido difícil encontrar um parceiro novamente. Atualmente desempregada, ela ainda aguarda sua indenização, que quer passar para seus filhos e netos.
Elena Gorolova, que se tornou porta-voz da causa, teve seu útero removido após o nascimento de seu segundo filho, quando tinha apenas 21 anos. "Assine ou você morrerá", pediu-lhe uma enfermeira, mostrando a ela um documento de consentimento cujo conteúdo ela "desconhecia totalmente".
A mulher de 56 anos, que se tornou porta-voz da causa, lamenta a lentidão com que os pedidos de indenização são processados.
Segundo ela, o governo rejeitou solicitações com base em históricos médicos que são automaticamente destruídos após 40 anos. Além disso, as mulheres também têm seus testemunhos "ignorados".
Mais de um terço das 1.600 solicitações processadas foram declaradas inelegíveis.
Michael O'Flaherty, comissário para os Direitos Humanos do Conselho da Europa, pediu no ano passado ao primeiro-ministro tcheco, Petr Fiala, que estendesse o prazo para solicitar reparações e denunciou "brechas no procedimento".
De acordo com o Ministério da Saúde, foram apresentadas mais reivindicações do que o esperado, portanto, uma linha direta foi aberta e seminários foram organizados por ONGs envolvidas na iniciativa.
G.Stevens--AMWN