- Embaixadas ocidentais fecham na Ucrânia por temores de ataque russo
- Gripe aviária no Brasil: deputado europeu alerta sobre sistema de controle deficiente
- Opositor histórico de Uganda é acusado de ameaçar a segurança nacional
- 'Mataram seu sonho': no Líbano, jogadora fica em coma após ataques de Israel
- Genoa anuncia francês Patrick Vieira como novo técnico
- Vice-presidente espanhola defende atuação do governo nas enchentes
- Quase 50 anos depois, a luta interminável pelos franceses desaparecidos na Argentina
- Família de Liam Payne e membros do One Direction comparecem ao funeral do cantor
- Opositor histórico de Uganda comparece a tribunal militar
- Países ocidentais apresentam resolução contra o programa nuclear do Irã
- Rússia acusa EUA de fazer todo o possível para 'prolongar a guerra' na Ucrânia
- Magnata pró-democracia de Hong Kong, Jimmy Lai, diz em julgamento que defendeu 'a liberdade'
- Invasão russa da Ucrânia é 'desastre vergonhoso para a humanidade', lamenta o papa
- Número de vítimas de minas terrestres no mundo aumentou em 2023, segundo relatório
- Países ricos relutam em propor valores nas negociações da COP29
- Funeral do cantor Liam Payne acontecerá nesta quarta-feira, segundo a imprensa britânica
- Depois do G20, Lula recebe Xi para aproximar ainda mais Brasil e China
- Opositor histórico de Uganda foi preso e deve comparecer perante um tribunal militar
- Brasil pressiona, mas empata com o Uruguai (1-1) pelas Eliminatórias
- Chile vence Venezuela (4-2), mas segue longe da Copa do Mundo
- Lautaro Martínez faz golaço e mantém Argentina na liderança das Eliminatórias
- OMS arrecada US$ 3,8 bilhões com novo plano de financiamento
- Com gol de Valencia, Equador vence Colômbia (1-0) fora de casa nas Eliminatórias
- Enviado dos EUA a Beirute diz que fim da guerra está 'ao alcance das mãos'
- Segurança é reforçada em Machu Picchu após polêmica com cinzas humanas
- Sob os olhares de Trump, SpaceX não consegue repetir captura de propulsor do Starship
- OMS aprova segunda vacina contra mpox
- Rafael Nadal, mito do tênis e rei absoluto do esporte espanhol
- Espanha é eliminada da Copa Davis e Nadal se despede oficialmente do tênis
- Promotoria se mostra aberta a novo adiamento de sentença contra Trump
- Paraguai arranca empate com a Bolívia (2-2) na altitude pelas Eliminatórias
- EUA reconhece opositor como 'presidente eleito' da Venezuela
- Cúpula do G20 chega ao fim marcada pela crise climática e ameaça nuclear
- Alemanha cede empate com a Hungria (1-1) na Liga das Nações
- SpaceX está pronta para novo voo de teste do Starship
- Guardiola renovará com o City por uma temporada, diz jornal
- Gerardo Martino deixa comando do Inter Miami por 'motivos pessoais'
- Justiça chilena acusa Valdivia pela segunda denúncia de estupro
- Ucrânia dispara mísseis americanos contra Rússia, que promete responder
- Trump escolhe Howard Lutnick, um crítico ferrenho da China, como secretário de Comércio
- Werder Bremen decide sair do X por causa de "discursos de ódio" na plataforma
- Nadal perde na abertura das quartas de final da Copa Davis
- Presidentes de China e Argentina têm reunião bilateral no G20
- 'Quis subjugar uma mulher insubmissa', diz acusado de recrutar homens para estuprar esposa
- Juiz de Nova York deve decidir futuro de processo contra Trump
- Aliada de Trump quer impedir que parlamentar trans use banheiro feminino no Capitólio
- ONU denuncia saque 'sistemático' de ajuda humanitária na Faixa de Gaza
- Nadal perde para Van de Zandschulp na abertura das quartas da Copa Davis
- Maior jornal em circulação na França suspende publicações no X
- Líder opositor pede três dias de luto por morte de manifestantes em Moçambique
Quase 50 anos depois, a luta interminável pelos franceses desaparecidos na Argentina
Annie Domon nunca encontrou o corpo de sua irmã Alice, mas viu o responsável por seu desaparecimento durante a ditadura na Argentina em 1977 ser condenado, uma Justiça que outras famílias de franceses desaparecidos ainda esperam enquanto lutam contra o esquecimento.
“Não tenho desejo de vingança. A justiça é indispensável”, disse a senhora de 84 anos à AFP em sua casa nos arredores de Vierzon, no centro da França, cheia de lembranças.
Uma foto em preto e branco de Alice está pendurada em sua cozinha. Nela, “Lisette” está tomando mate, meses antes de ser presa em 1977 na igreja de Santa Cruz, em Buenos Aires, com Esther Ballestrino, Azucena Villaflor e María Ponce, fundadoras da associação Mães da Praça de Maio, entre outras.
As chamadas “freiras francesas” - Alice Domon e Léonie Duquet - tornaram-se um “símbolo” na França desses desaparecimentos. De acordo com a reconstrução judicial, ambas foram lançadas ao mar em um “voo da morte” na noite de 14 de dezembro de 1977, juntamente com outros 10 ativistas.
“Alice foi alguém que foi até o fim de suas convicções”, diz Annie. Sua irmã nasceu em 1937 em Charquemont, no leste da França, e em 1967 foi para a Argentina como freira da Congregação das Irmãs das Missões Estrangeiras.
Lá ela trabalhou especialmente nas favelas, mas em 1976, percebendo que as pessoas ao seu redor estavam começando a desaparecer, decidiu voltar do norte do país para Buenos Aires, onde trabalhou com as Mães da Praça de Maio até ser presa, explica.
- "A França não esquece" -
Sua história voltou à primeira página após a visita do presidente francês, Emmanuel Macron, no domingo à igreja de Santa Cruz, onde, a pedido das famílias, ele reiterou a tradicional posição oficial: “A França não esquece”.
Quase meio século depois, essa frase ressoa ainda mais forte quando o atual presidente argentino, o ultraliberal Javier Milei, é acusado de revisionismo sobre os fatos ocorridos durante a ditadura (1976-1983).
As palavras de Macron são “reconfortantes para nós, mas também para os argentinos que sofreram”, diz Annie, que participou do julgamento na Argentina que impôs prisão perpétua ao ex-marinheiro Alfredo Astiz, de 73 anos, pelo caso das “freiras francesas”.
Embora o consenso tradicional seja de que 30.000 pessoas desapareceram durante esse regime, as autoridades atuais afirmam que foram menos de 9.000. Pelo menos 22 eram francesas.
- "Liberdade, memória, justiça” -
Quando sua família decidiu retornar à França em 1974, Yves Domergue decidiu ficar na Argentina, onde chegou aos 4 anos de idade em 1959, para continuar seus estudos universitários e, ao mesmo tempo, ser militante do Partido Revolucionário dos Trabalhadores.
Em 1976, já na clandestinidade, informou ao irmão que sairia de Buenos Aires por alguns dias, mas nunca mais voltou. Seu corpo e o de sua companheira mexicana, Cristina Cialceta, foram identificados 34 anos depois em Melincué, a 300 quilômetros da capital.
Apesar da descoberta dos restos mortais e da condenação daqueles que ordenaram seu assassinato, Éric continua lutando e, no domingo, entregou uma carta a Macron expressando seu “medo” de uma “anistia” na Argentina para repressores condenados.
“Quando falo de Yves, também me refiro aos 30.000. A luta pela liberdade, memória e justiça para os 30.000 continua”, enfatizou.
F.Dubois--AMWN