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'Lágrimas, abraços e poucas palavras' em Israel após libertação de reféns argentinos
"Nós os vimos (...) houve muitas lágrimas, abraços e poucas palavras", disse Idan Bejerano, genro de um dos dois reféns argentino-israelenses libertados na manhã desta segunda-feira (12) em uma operação militar das forças israelenses no sul da Faixa de Gaza.
O Exército israelense, a agência de segurança Shin Bet e a polícia libertaram Fernando Marman, de 60 anos, e Louis Har, de 70, em uma operação durante a madrugada na cidade palestina de Rafah.
O Ministério da Saúde do movimento islamista palestino Hamas, que governa Gaza, informou que esta vasta operação, que incluiu bombardeios em várias partes de Rafah, deixou "uma centena de mortos".
Os dois reféns libertados – sequestrados no kibutz Nir Yitzhak, no sul de Israel, em 7 de outubro – foram levados de helicóptero para o hospital Sheba em Ramat Gan, perto de Tel Aviv, onde chegaram por volta das 3h15 (horário local), disse o centro de saúde.
"Por volta das 3h da manhã recebemos um telefonema das autoridades israelenses nos dizendo que Fernando e Louis estão em nossas mãos, que deveríamos ir vê-los no hospital. Ficamos chocados. Não esperávamos isso. Mas, entramos no carro e viemos", disse Bejerano, genro de Luis Har.
Bejerano indicou que puderam vê-los e que "estão sob supervisão médica, na cama".
"Eles parecem bem, se assim posso dizer. Estão fazendo uma série de exames, cercados por médicos e enfermeiros. E o mais importante, estão cercados por suas famílias", acrescentou, em declarações à imprensa após deixar o hospital.
O genro do sequestrado relatou que no momento do encontro os corações dos libertos "batiam a 200 batimentos por minuto, talvez mais".
"Foram muitas lágrimas, abraços e poucas palavras (…). Hoje estamos felizes, mas ainda não ganhamos. Este é apenas mais um passo para o retorno à casa" dos reféns que permanecem cativos em Gaza, frisou.
A Presidência argentina elogiou as forças de segurança israelenses "por terem concluído com sucesso o resgate".
O presidente israelense, Isaac Herzog, disse que as autoridades estão usando "todos os meios possíveis" para resgatar o restante dos reféns feitos pelo Hamas no ataque de 7 de outubro no sul de Israel.
Segundo as autoridades israelenses, antes da libertação destes dois reféns, havia 132 reféns detidos pelo Hamas, dos quais 29 provavelmente morreram em cativeiro.
Bejerano reiterou a mensagem de outras famílias de reféns, que instam o governo israelense a aceitar um novo acordo para uma trégua com o Hamas que inclua a libertação de mais pessoas sequestradas.
"Por favor, sejam sérios! Levem a sério um acordo. O povo israelense precisa de um acordo (...) o mais rápido possível", disse Bejerano.
D.Moore--AMWN