- Barcelona adia retorno ao Camp Nou para pelo menos meados de fevereiro
- Macron no Chile, seu contraexemplo em meio à disputa sobre o acordo UE-Mercosul
- Lula: 'Em um mundo assolado por conflitos', China e Brasil priorizam 'a paz e a diplomacia'
- Alemanha elimina Canadá e vai à semifinal da Copa Davis
- Embaixadas ocidentais fecham na Ucrânia por temores de ataque russo
- Gripe aviária no Brasil: deputado europeu alerta sobre sistema de controle deficiente
- Opositor histórico de Uganda é acusado de ameaçar a segurança nacional
- 'Mataram seu sonho': no Líbano, jogadora fica em coma após ataques de Israel
- Genoa anuncia francês Patrick Vieira como novo técnico
- Vice-presidente espanhola defende atuação do governo nas enchentes
- Quase 50 anos depois, a luta interminável pelos franceses desaparecidos na Argentina
- Família de Liam Payne e membros do One Direction comparecem ao funeral do cantor
- Opositor histórico de Uganda comparece a tribunal militar
- Países ocidentais apresentam resolução contra o programa nuclear do Irã
- Rússia acusa EUA de fazer todo o possível para 'prolongar a guerra' na Ucrânia
- Magnata pró-democracia de Hong Kong, Jimmy Lai, diz em julgamento que defendeu 'a liberdade'
- Invasão russa da Ucrânia é 'desastre vergonhoso para a humanidade', lamenta o papa
- Número de vítimas de minas terrestres no mundo aumentou em 2023, segundo relatório
- Países ricos relutam em propor valores nas negociações da COP29
- Funeral do cantor Liam Payne acontecerá nesta quarta-feira, segundo a imprensa britânica
- Depois do G20, Lula recebe Xi para aproximar ainda mais Brasil e China
- Opositor histórico de Uganda foi preso e deve comparecer perante um tribunal militar
- Brasil pressiona, mas empata com o Uruguai (1-1) pelas Eliminatórias
- Chile vence Venezuela (4-2), mas segue longe da Copa do Mundo
- Lautaro Martínez faz golaço e mantém Argentina na liderança das Eliminatórias
- OMS arrecada US$ 3,8 bilhões com novo plano de financiamento
- Com gol de Valencia, Equador vence Colômbia (1-0) fora de casa nas Eliminatórias
- Enviado dos EUA a Beirute diz que fim da guerra está 'ao alcance das mãos'
- Segurança é reforçada em Machu Picchu após polêmica com cinzas humanas
- Sob os olhares de Trump, SpaceX não consegue repetir captura de propulsor do Starship
- OMS aprova segunda vacina contra mpox
- Rafael Nadal, mito do tênis e rei absoluto do esporte espanhol
- Espanha é eliminada da Copa Davis e Nadal se despede oficialmente do tênis
- Promotoria se mostra aberta a novo adiamento de sentença contra Trump
- Paraguai arranca empate com a Bolívia (2-2) na altitude pelas Eliminatórias
- EUA reconhece opositor como 'presidente eleito' da Venezuela
- Cúpula do G20 chega ao fim marcada pela crise climática e ameaça nuclear
- Alemanha cede empate com a Hungria (1-1) na Liga das Nações
- SpaceX está pronta para novo voo de teste do Starship
- Guardiola renovará com o City por uma temporada, diz jornal
- Gerardo Martino deixa comando do Inter Miami por 'motivos pessoais'
- Justiça chilena acusa Valdivia pela segunda denúncia de estupro
- Ucrânia dispara mísseis americanos contra Rússia, que promete responder
- Trump escolhe Howard Lutnick, um crítico ferrenho da China, como secretário de Comércio
- Werder Bremen decide sair do X por causa de "discursos de ódio" na plataforma
- Nadal perde na abertura das quartas de final da Copa Davis
- Presidentes de China e Argentina têm reunião bilateral no G20
- 'Quis subjugar uma mulher insubmissa', diz acusado de recrutar homens para estuprar esposa
- Juiz de Nova York deve decidir futuro de processo contra Trump
- Aliada de Trump quer impedir que parlamentar trans use banheiro feminino no Capitólio
Netanyahu quer retirar civis de Rafah, último refúgio para deslocados em Gaza
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou, nesta sexta-feira (9), que seu Exército prepare a retirada de civis de Rafah, após os Estados Unidos e a ONU expressarem preocupação por uma operação militar contra este último refúgio dos palestinos deslocados pela guerra na Faixa de Gaza.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou a resposta israelense em Gaza como "excessiva", em uma crítica incomum a seu aliado, Israel, pela intensa ofensiva que desencadeou há mais de quatro meses contra o movimento islamista palestino Hamas, que governa o território de quase 2,4 milhões de habitantes.
Na quarta-feira (7), Netanyahu ordenou a preparação de uma ofensiva em Rafah, uma localidade próxima da fronteira com o Egito, onde estão cerca de 1,3 milhão de palestinos.
O número corresponde a mais de metade da população da Faixa de Gaza, o que provoca receios de que uma ofensiva militar provoque um banho de sangue.
Segundo seu gabinete, o premiê israelense pediu ao Exército que apresente um "plano combinado" de "evacuação" de civis de Rafah e de "destruição" do Hamas nesta cidade ao sul de Gaza.
Contudo, o chefe do governo israelense, que prometeu "aniquilar" o Hamas, não está disposto a conceder a trégua exigida por grande parte da comunidade internacional.
"É impossível atingir o objetivo da guerra sem eliminar o Hamas e deixando quatro batalhões do Hamas em Rafah" e, para isso, também é necessário que "os civis deixem as zonas de combate", afirmou ele no comunicado.
Na quinta-feira, Washington advertiu que Rafah pode se tornar o cenário de um "desastre" humanitário e afirmou que não apoia uma operação "sem planejamento e sem reflexão" a respeito dos civis.
A guerra começou em 7 de outubro, quando milicianos islamistas mataram mais de 1.160 pessoas, a maioria civis, e sequestraram mais de 250 em um ataque no sul de Israel, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
Os bombardeios e as operações de represália israelenses em Gaza mataram pelo menos 27.947 pessoas, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, uma organização classificada como terrorista por União Europeia e Estados Unidos.
Em uma primeira etapa, as forças israelenses concentraram suas operações na Cidade de Gaza, norte da Faixa, e depois avançaram para Khan Yunis, sul do território.
- "Tragédia sem fim" -
Nesta sexta, o chefe da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, voltou a fazer um apelo por um "cessar-fogo humanitário" e alertou que qualquer ofensiva militar israelense em Rafah agravaria a "tragédia sem fim" da população.
"Se (Israel) executar um ataque (terrestre) contra Rafah, vamos morrer em nossas casas. Não temos escolha, não temos para onde ir", declarou Jaber Al Bardini, morador desta localidade, de 60 anos.
"Se Rafah for atacada, haverá massacres e um genocídio. Não sei se conseguiremos fugir para o Egito, ou se os massacres também nos alcançarão", afirmou Um Ahmed al Burai, uma palestina de 59 anos, também procedente de Al Shati, no norte de Gaza.
Fotógrafos da AFP viram vários edifícios em Rafah destruídos pelos bombardeios israelenses desta sexta-feira, realizados de madrugada e de manhã. Várias pessoas transportavam os corpos de três crianças, mortas em um dos ataques.
Nas últimas 24 horas, pelo menos 107 palestinos morreram em bombardeios contra o estreito território de 362 km2, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas.
Em Khan Yunis, sitiada há várias semanas, as Forças Armadas israelenses invadiram o hospital de Al Amal e "começaram a revistá-lo", informou o Crescente Vermelho palestino, que administra o estabelecimento.
Embora, teoricamente, devessem ser contemplados com proteção especial, segundo as leis da guerra, os hospitais de Gaza têm sido alvos frequentes de ataques desde o início do conflito.
- Negociações "difíceis" -
No campo diplomático, um "novo ciclo de negociações", com mediação do Egito e do Catar, e com a participação do Hamas, começou na quinta-feira, no Cairo, com o objetivo de alcançar uma "calma na Faixa de Gaza" de várias semanas e uma troca de prisioneiros palestinos por reféns que estão em poder do movimento islamista, segundo um funcionário de alto escalão egípcio.
Uma trégua de uma semana em novembro permitiu a troca de mais de 100 reféns por prisioneiros palestinos detidos em Israel. Estima-se que 132 permaneçam em cativeiro em Gaza e que 29 deles tenham morrido.
Em uma declaração à AFP, uma fonte do Hamas estimou que as negociações no Cairo estão sendo "positivas".
A guerra em Gaza também exacerbou as tensões no Líbano, no Iraque, na Síria e no Iêmen, onde grupos apoiados pelo Irã executaram ataques em apoio ao Hamas. Essa ofensiva provocou represálias por parte de Israel, Estados Unidos e seus aliados.
O norte de Israel foi atingido por quase 30 foguetes lançados do sul do Líbano, depois de um ataque israelense contra um integrante de alto escalão do grupo Hezbollah que ficou gravemente ferido.
Y.Nakamura--AMWN