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Chefe da diplomacia dos EUA visita África para aprofundar relações
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou nesta segunda-feira (22) que os Estados Unidos buscam aprofundar suas relações com a África, em uma viagem que o levará a quatro países do continente, sob crescente influência russa e chinesa.
"Nossos futuros estão conectados, nossa prosperidade está conectada, e as vozes africanas têm cada vez mais peso, animando e liderando o diálogo global", disse Blinken na ilha de língua lusófona de Cabo Verde.
"Os Estados Unidos se comprometem a aprofundar, reforçar e ampliar as alianças em toda a África", frisou, na primeira parada de uma viagem que também irá levá-lo à Costa do Marfim, Nigéria e Angola.
Pouco depois, o secretário de Estado americano chegou à Costa do Marfim, onde assistirá a uma partida da Copa Africana de Nações entre o país anfitrião e a Guiné Equatorial, em uma tentativa de mostrar um lado mais suave dos Estados Unidos.
Essa é a primeira viagem do secretário de Estado à África Subsaariana em dez meses, desde que o início do conflito entre Israel e o movimento islamista Hamas, em outubro, assumiu sua agenda.
A viagem acontece em um contexto de deterioração da segurança na região do Sahel e no momento em que a maior parte do continente expressou seu desconforto com os milhões de dólares em ajuda ocidental à Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022.
O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Ulisses Correia e Silva, garantiu a Blinken que seu país "condena firmemente" a invasão russa.
Além disso, nos últimos anos, o continente viu crescer, de maneira considerável, a influência de China e Rússia, dois rivais dos Estados Unidos.
O gigante asiático concedeu inúmeros empréstimos para projetos de infraestrutura no continente, enquanto o poderoso grupo mercenário russo Wagner foi destacado para o Mali, para a República Centro-Africana e, supostamente, para Burkina Faso.
O presidente americano, Joe Biden, recebeu líderes africanos em uma cúpula em dezembro de 2022, em um sinal da nova atenção de Washington ao continente. Mas o presidente, que anunciou sua intenção de visitar África em 2023, nunca chegou a concretizá-la.
Y.Kobayashi--AMWN