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Tibú, 'terra de ninguém' na Colômbia que acolhe negociações de paz
O prefeito de Tibú, Nelson Leal, governa a mais de 115 quilômetros desse município colombiano abalado por ameaças de morte de dissidentes das Farc. Deixou para trás uma "terra de ninguém" que agora acolhe as negociações de paz entre o governo e seus algozes.
Nesse 10 de março de 2023, Leal acumulava um ano e meio na prefeitura desse conflituoso povoado, perto da fronteira com a Venezuela.
Rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que se afastaram do acordo de paz de 2016 com o Estado detiveram-no em uma estrada e intimidaram-no diante de sua esposa, um filho de 13 anos e uma sobrinha. Depois, levaram o carro.
Foi "tenebroso", lembra ele, referindo-se ao momento em que entendeu que precisava ir para outro lugar para estar seguro.
De uma motocicleta, já haviam apontado pistolas para seu outro filho adolescente como forma de advertência, disse ele em conversa com a AFP em Cúcuta, cidade onde vive agora. De lá, ele dá ordens e governa por telefone.
Em 8 de outubro, voltou com guarda-costas à sua localidade, de cerca de 60 mil habitantes, para a primeira reunião entre o mais poderoso grupo de dissidentes, o Estado-Maior Central (EMC), e delegados do presidente colombiano, Gustavo Petro.
Após alguns atrasos, as negociações de paz começaram na segunda-feira (16).
Os diálogos acontecem em um antigo reduto rebelde, com pouca presença do Estado e atrativo para outros grupos ilegais por seus mais de 22.000 hectares de folhas de coca, o componente base da cocaína.
Essa quantidade de cultivos faz de Tibú o município com mais narcocultivos do mundo, conforme dados da ONU. Segundo o prefeito, também estão lá a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), a maior quadrilha de traficantes do país, conhecida como Clã do Golfo, e até o mexicano Cartel de Sinaloa.
"Tibú se tornou aquela terra de ninguém onde quem tem as armas é quem governa, nos domina", diz Leal.
As negociações em Tibú começaram com uma imagem paradoxal diante dos jornais do mundo: o negociador-chefe da EMC, conhecido como Andrey Avendaño, foi aplaudido, enquanto Leal e os delegados do governo foram vaiados.
Críticos das políticas de segurança e paz de Petro afirmam que o presidente é indulgente com os rebeldes.
Ainda não são claras as questões centrais das negociações, que começaram junto com um cessar-fogo de três meses.
A única coisa certa é que a mesa não será instalada fora do país, como acontece com o Exército de Libertação Nacional (ELN), que negocia com o Petro no México, na Venezuela e em Cuba. No caso das Farc, o documento que selou seu desarmamento em 2017 foi redigido em Havana.
A última vez que guerrilheiros e o governo falaram na Colômbia foi sob a administração do conservador Andrés Pastrana (1998-2002), que, a partir de suas concessões, desmilitarizou cerca de 42.000 quilômetros quadrados no departamento de Caquetá.
Especialistas acreditam que estes diálogos fracassados realmente ajudaram as Farc a se fortalecerem. Com essa ferida na memória, Petro pediu aos 3.500 membros do EMC "máxima responsabilidade" com o processo.
A.Mahlangu--AMWN