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Sinner bate Dimitrov e é campeão do Masters 1000 de Miami
O tenista italiano Jannik Sinner conquistou neste domingo (31) o Masters 1000 de Miami, seu terceiro título em 2024, ao derrotar na final o búlgaro Grigor Dimitrov.
Sinner fechou o jogo em 2 sets a 0, com parciais de 6-3 e 6-1, em apenas uma hora e 13 minutos.
Campeão do Aberto da Austrália em janeiro e do ATP 500 de Roterdã em fevereiro, o italiano confirma seu incrível início de temporada com 22 vitórias e apenas uma derrota.
"Estou muito feliz de poder levantar o troféu desta vez. É um dos grandes torneios e estou muito grato. Este lugar é especial", comemorou Sinner, que finalmente venceu em Miami, depois de chegar à final em 2021 e 2023.
Com o título deste domingo, Sinner passará a ser o número 2 do mundo no próximo ranking da ATP, que será publicado nesta segunda-feira, ultrapassando o espanhol Carlos Alcaraz.
O italiano de 22 anos chegou à final como grande favorito após uma campanha brilhante em Miami. Passado o susto do primeiro set perdido para o holandês Griekspoor na terceira rodada, foi crescendo até atropelar o russo Daniil Medvedev na semifinal (6-1, 6-2).
Na final, teve pela frente um Dimitrov renascido, que Sinner já tinha vencido em seus últimos dois jogos no ano massado, em Miami e Pequim. O búlgaro, um dos únicos tenistas no circuito com backhand de uma mão, vive sua segunda juventude aos 32 anos.
As comparações com o mito Roger Federer e a sensação de que nunca conseguia corresponder às enormes expectativas geradas por seu talento ficaram para trás.
Na Flórida, Dimitrov beirou a perfeição em alguns jogos, como na vitória sobre Alcaraz nas quartas de final (6-2 e 6-4).
- Obra-prima italiana -
O experiente búlgaro sabia que teria que impor seu jogo contra Sinner, que não poderia deixar o italiano à vontade no fundo da quadra e que os pontos não poderiam ser longos.
Dimitrov começou o jogo sendo agressivo, confirmando seus dois primeiros games de serviço sem perder pontos e batendo firme na bola.
A estratégia parecia funcionar quando chegou sua primeira chance de quebra no terceiro game, mas Sinner manteve o sangue frio. Num piscar de olhos, salvou o break point e, no game seguinte, quebrou o serviço de Dimitrov com uma linda paralela de direita.
A partir de então, o italiano cresceu e foi se transformando em um muro na quadra, conseguindo chegar em todas as bolas e vendendo caro os pontos perdidos.
Dimitrov lutou, tentou, mas Sinner voltou a quebrar seu saque com uma passada na paralela para fechar o primeiro set.
Na segunda parcial, o italiano seguiu sua cartilha, com golpes profundos de direita e esquerda e uma pressão constante sobre o adversário.
Dimitrov tirava alguns coelhos da cartola, uma 'deixadinha' aqui, outro backhand na paralela ali, mas teve seu saque quebrado no quarto e no sexto game.
"Ele [Sinner] foi excepcional este ano até agora. Jogou um tênis incrível", declarou o búlgaro depois do jogo. "Foi um prazer vê-lo, mas definitivamente não é um prazer enfrentá-lo (...) Hoje não teve jogo", admitiu.
E o italiano concluiu sua obra-prima com um último game de serviço sem perder pontos para fechar o jogo.
Dimitrov, que chegou a ser número 3 do ranking da ATP em 20017, volta ao Top 10 depois de disputar duas das últimas quatro finais de torneios Masters 1000. Em novembro, foi derrotado em Paris pelo sérvio Novak Djokovic.
Quanto a Sinner, que agora tem em sua galeria de títulos os Masters 1000 de Toronto e Miami, sua progressão parece imparável antes da temporada de saibro. O italiano já olha para o topo do ranking da ATP e o lendário Djokovic.
D.Cunningha--AMWN