
-
Papa Francisco para de usar máscara de oxigênio, anuncia Vaticano
-
Trump diz que huthis serão 'aniquilados' e alerta Irã para deixar de ajudá-los
-
Fed mantém taxas de juros, mas revisa previsões para crescimento e inflação nos EUA
-
Norris e McLaren chegam embalados ao GP da China, que terá estreia da corrida sprint
-
Israel anuncia operações terrestres e lança 'último aviso' a Gaza
-
Receita mundial com música gravada bate novo recorde
-
Mundo tecnológico organiza sua reação diante do aumento das deepfakes
-
Trump diz que trégua está bem encaminhada após falar com Zelensky
-
UE vai reduzir importações de aço para evitar problemas de mercado
-
Caso judicial de ativista pró-palestino será julgado em Nova Jersey
-
Hamas segue aberto às negociações apesar dos bombardeios israelenses em Gaza
-
Caso judicial de ativista pró-Palestina será julgado em Nova Jersey
-
Respirar e engrenar: a dupla tarefa do Brasil de Dorival contra a Colômbia
-
UE pressiona Apple e Google por normas de concorrência do bloco
-
Brasil x Colômbia e clássico entre Uruguai e Argentina marcam retorno das Eliminatórias
-
STF examina recurso para afastar Moraes, Zanin e Dino do caso sobre tentativa de golpe
-
Boxeadora argelina Imane Khelif não se deixará 'intimidar' por Trump
-
UE apresenta seu ambicioso plano de defesa
-
Prisão perpétua para adolescente britânico que matou a família e planejou massacre
-
Procuradora-geral dos EUA classifica vandalismo contra Tesla como 'terrorismo interno'
-
Zelensky alerta contra qualquer concessão à Rússia antes de ligação com Trump
-
Firmeza e diplomacia: o método Sheinbaum para lidar Trump
-
Samaranch, Coe e Coventry são os favoritos para presidir o COI
-
'Pesadelo americano': a angústia pelos venezuelanos deportados por Trump a El Salvador
-
'Caos organizado': aeroporto de Nova York passa por reformas, mas continua operacional
-
Milhares de israelenses protestam contra Netanyahu em Jerusalém
-
Druidas, bruxas e xamãs: o ressurgimento do paganismo no Reino Unido
-
Sete candidatos para suceder Thomas Bach no COI
-
Hamas segue aberto às negociações apesar dos bombardeios israelenses contra Gaza
-
Prefeito de Istambul, principal opositor do presidente Erdogan, é detido sob acusação de 'corrupção'
-
Polícia anuncia detenção do prefeito de Istambul, principal opositor de Erdogan
-
China anuncia que vai executar engenheiro condenado por espionagem
-
Thomas Bach deixa um COI próspero, mas muito centralizado
-
Defesa Civil de Gaza anuncia 13 mortos em bombardeios israelenses durante a noite
-
Zelensky acusa Rússia de rejeitar trégua com novos ataques contra a Ucrânia
-
Equador declara emergência em oleoduto por vazamento de petróleo que afeta meio milhão de pessoas
-
Rebeldes huthis reivindicam quarto ataque a navios militares dos EUA
-
Astronautas da ISS voltam em segurança para a Terra depois de nove meses
-
Memphis Depay, um retorno à seleção holandesa em ritmo de samba
-
EUA e Rússia concordam com trégua limitada sem cessar-fogo total
-
Nave privada capta pôr do sol lunar pela primeira vez em alta definição
-
Suprema Corte repreende Trump por pedir destituição de juiz
-
Após ameaça de apreensão de passaporte, Eduardo Bolsonaro fica nos EUA
-
Robert Kennedy, o secretário de Saúde de Trump, tem início conturbado no cargo
-
Astronautas chegam à Terra após nove meses retidos na ISS
-
Canadá fecha acordo com Austrália para desenvolver novo radar no Ártico
-
Indústria musical dos EUA alcança 100 milhões de assinaturas pagas
-
Nvidia apresenta nova tecnologia em meio a expansão da IA
-
Netanyahu alerta que novos bombardeios em Gaza são 'apenas o começo'
-
EUA ameaça Venezuela com sanções se não aceitar 'voos de deportação'

Firmeza e diplomacia: o método Sheinbaum para lidar Trump
Como lidar, sem ceder, com um vizinho inconveniente com quem não se pode discutir? A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, tem conseguido até agora com seu colega americano, Donald Trump, seu opositor ideológico.
Cientista, de classe média e reservada, a primeira mulher presidente da história do México tenta ganhar o respeito de Trump, que por um lado a chama de mulher "maravilhosa", mas por outro acusa seu governo de conluio com o tráfico de drogas.
Além da relação pessoal, a líder de esquerda, de 62 anos, deve proteger os interesses comerciais do México contra as ameaças tarifárias de Washington, sem comprometer sua soberania, dizem especialistas.
Com pouca experiência internacional até o início de seu governo, cinco meses atrás, Sheinbaum conta com uma popularidade de 80%.
Seguem três pontos-chave de sua estratégia para lidar com Trump, que já lhe rendeu um acordo até 2 de abril para evitar a tarifa de 25% sobre as exportações mexicanas para os Estados Unidos.
- "Cabeça fria" -
Acadêmica e física, Sheinbaum não precisa forçar sua personalidade para permanecer pragmática diante de Trump.
"Calma e cabeça fria", pediu ela quando o presidente ordenou deportações em massa e declarou "emergência" ao longo da fronteira de 3.100 km assim que retornou à Casa Branca em janeiro.
Evitar "responder à retórica de Trump" faz parte da estratégia, diz Pamela Starr, especialista em relações bilaterais na Universidade do Sul da Califórnia.
Isso a diferencia de outros líderes da região, como o esquerdista Gustavo Petro, presidente da Colômbia, que desencadeou uma breve crise após rejeitar aviões militares americanos com deportados.
Também do ex-primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, que impôs tarifas sobre produtos dos EUA em retaliação às tarifas de aço e alumínio de Trump.
Sheinbaum evita confronto com o magnata. "Tirou a testosterona da equação", resume o jornalista Pedro Miguel, próximo ao partido no poder.
Trump chegou a dizer que Sheinbaum o inspirou a lançar uma campanha contra o uso de fentanil, mencionando a propaganda mexicana contra o uso desse opioide traficado do México, que mata dezenas de milhares de pessoas a cada ano nos Estados Unidos.
Em 4 de março, com as tarifas de 25% já em vigor, a presidente permaneceu firme e aberta ao diálogo. Anunciou que seu governo responderia com "medidas tarifárias e não tarifárias" em um evento público alguns dias depois.
Enquanto isso, chegou a um acordo após falar por telefone com Trump, que suspendeu as taxas até 2 de abril por "consideração" a ela.
O evento público foi um sucesso, com dezenas de milhares de pessoas participando (cerca de 350.000 segundo números oficiais). Poucas vozes da oposição criticam a estratégia da presidente.
- Prevenção -
Sheinbaum "conversou muito" com seu antecessor, Andrés Manuel López Obrador, para entender Trump, segundo o jornalista Pedro Miguel, próximo do ex-presidente.
Obrador teve que lidar com Trump entre 2019 e 2021 e o considerava seu "amigo". Inclusive o defendeu quando suas contas no Twitter e no Facebook foram suspensas em 2021.
Sheinbaum agiu "preventivamente" contra Trump, observa Pamela Starr, referindo-se às apreensões de fentanil no México, mesmo antes do magnata retornar ao poder.
Pouco antes da posse de Trump, o México também descobriu um túnel clandestino para cruzar da cidade fronteiriça de Ciudad Juárez até El Paso.
- Firmeza -
"Cooperação, sim; subordinação, não", repete Sheinbaum como um mantra sobre seu relacionamento com o vizinho.
A presidente rejeita "veementemente" a acusação de que seu governo protege gangues de traficantes, como a Casa Branca alegou sem provas, e enviou 10.000 soldados para a fronteira para conter o tráfico de drogas e a passagem de migrantes sem documentos.
Também alertou que não tolerará uma "invasão" de seu território, depois que os Estados Unidos declararam os cartéis de drogas mexicanos como terroristas.
O próprio Trump reconhece a firmeza de Sheinbaum. "Você é durona", disse a ela em um telefonema, segundo o The New York Times.
"Tem sido firme e forte", diz Roberta Lajous, embaixadora mexicana na Áustria, Cuba e Espanha de 1995 a 2020. "Até agora, tem sido bem-sucedida."
O atual chanceler alemão, Olaf Scholz, elogiou sua "calma" e inteligência nas negociações com Trump.
Mas o caminho ainda é longo, e a trégua pode terminar em 2 de abril, quando Washington começará a aplicar o princípio da reciprocidade na cobrança de tarifas. No entanto, isso pode excluir uma grande parcela das exportações mexicanas do acordo comercial TMEC.
"O México escapou por pouco, mas Trump ainda tem uma arma carregada", alerta Pamela Starr.
X.Karnes--AMWN