
-
Número de mortos no desabamento de boate na República Dominicana sobe para 222
-
FMI aprova crédito de US$ 20 bilhões para a Argentina
-
Irmãos Menéndez vão passar por nova audiência nos EUA
-
Irã não pode ter arma nuclear, diz Trump antes de negociações com Teerã
-
Trump diz estar em "plena forma" após realizar check-up médico
-
Trump substitui retrato de Obama pelo seu
-
Estado de saúde de Bolsonaro melhora, mas ele seguirá internado
-
Juiz dos EUA autoriza deportação de líder estudantil pró-palestinos
-
Cientistas dão vida a lobo gigante com genes de espécie extinta
-
Líder isolado, Liverpool recebe West Ham pela 32ª rodada da Premier League
-
Duelo comercial se transforma em guerra de trincheiras entre EUA e China
-
Goleiro Maignan sofre traumatismo craniano na goleada do Milan sobre a Udinese (4-0)
-
Mercosul ampliará exceções tarifárias diante da guerra comercial de Trump
-
Trump quer eliminar pesquisa sobre o clima de agência científica
-
Tragédia em boate na República Dominicana: balanço final é de 221 mortos
-
Suposto assassino de diretor de empresa de seguros nos EUA contesta pedido de pena de morte
-
Wall Street encerra em alta uma semana agitada pela guerra tarifária
-
Leipzig vence Wolfsburg (3-2) e sobe para quarto na Bundesliga
-
Trump pede que Rússia 'se mexa'; enviado americano se reúne com Putin
-
Bolsonaro diz estar 'se recuperando' após ser hospitalizado com dores abdominais
-
Defesa Civil de Gaza reporta dez mortos em bombardeio israelense
-
Duelo comercial se transforma em guerra entre EUA e China
-
Violência deixa futebol chileno de luto após mortes de dois torcedores
-
Irã quer acordo "real e justo" com EUA na negociação sobre programa nuclear
-
Trump insta Rússia a 'se mexer' enquanto seu emissário discute Ucrânia com Putin
-
McLaren confirma sua força no 2º treino livre do GP do Bahrein
-
Bolsonaro se encontra 'estável' após ser hospitalizado com 'fortes dores' abdominais
-
Atual campeão, Tsitsipas é eliminado por Musetti nas quartas de final em Monte Carlo
-
Paciente retira rim de porco transplantado após período recorde de quatro meses
-
Vítimas do acidente de helicóptero em Nova York comemoravam um aniversário
-
Corrida para dirigir Unesco se acirra nos bastidores
-
CBF pede que Fortaleza seja declarado vencedor do confronto contra Colo Colo após confusão na Libertadores
-
Trump diz que Rússia precisa 'se mexer' antes da reunião entre Putin e seu emissário
-
Candidata à Presidência do Equador denuncia mudanças em sua equipe de segurança
-
Mulher denuncia jogador Payet, do Vasco, por "violência física e psicológica"
-
Qual é o plano dos europeus para a 'força de segurança' na Ucrânia?
-
China eleva tarifas sobre produtos dos Estados Unidos para 125%
-
Bogotá completa um ano de racionamento hídrico por mudanças climáticas
-
Restos mortais de jovem africano lançam luz sobre passado escravista do Uruguai
-
Bolsonaro é transferido a hospital por 'fortes dores' abdominais
-
República Dominicana tenta agilizar entrega de corpos após desabamento de boate
-
Putin e enviado de Trump discutirão como acabar com a guerra na Ucrânia
-
O que houve com as penitenciárias ao estilo Bukele do presidente Noboa no Equador?
-
Alcaraz derrota Fils e enfrenta Davidovich na semifinal em Monte Carlo
-
Irmãos Menéndez enfrentam audiência nos EUA em busca de nova sentença
-
Na constelação de Virgem, o intrigante 'despertar' de um buraco negro
-
Di María e Paredes são investigados por apostas ilegais na Itália
-
Netflix contesta na justiça as regras rígidas de transmissão de obras audiovisuais na França
-
VTubers, divas digitais japonesas tentam conquistar o Ocidente
-
Enviado dos EUA Steve Witkoff realiza reuniões na Rússia

'Não estamos vivendo uma época de migrações maciças', assegura o sociológo Hein de Haas
Ao contrário do que dizem cada vez mais políticos, o mundo atual não está passando por um período de movimentos migratórios em massa, afirma categoricamente o sociólogo e geógrafo holandês Hein de Haas.
Autor de The Myths of Immigration (Editorial Península, 2024) e professor da Universidade de Amsterdã, ele também é um dos fundadores do International Migration Institute (IMI), com sede em Oxford.
Em uma entrevista à AFP, ele desmascara uma série de lugares-comuns difundidos por muitos políticos nos Estados Unidos e na Europa.
P: Você fala sobre os “mitos” políticos que cercam a imigração, tanto à direita quanto à esquerda. Quais são eles?
R: Provavelmente o mito mais difundido é o de que estamos vivendo em um período de migração em massa, que é essencialmente causado pela pobreza, violência e miséria humana. E que essas migrações chegaram a tal ponto que ameaçam o emprego, os serviços sociais, a segurança e a identidade de nossas sociedades.
Na realidade, a escala desses movimentos é menor do que pensamos. Os migrantes representam cerca de 3,4% da população mundial, e essa porcentagem não mudou muito nas últimas décadas.
Os refugiados são responsáveis por 10% de todos os migrantes internacionais, ou 0,35% da população mundial. E, além de algumas flutuações de curto prazo, essa proporção permanece relativamente estável.
Entretanto, os políticos geralmente extrapolam os aumentos de curto prazo nas chegadas de refugiados e migrantes e insinuam que isso pressagia uma invasão futura.
A principal causa da imigração não é a pobreza ou a violência nos países de origem. Pelo contrário, o fenômeno aumenta à medida que os países pobres se tornam mais ricos, porque a migração custa dinheiro e exige ambição. Na realidade, a principal causa da migração é a falta de mão de obra nos países de destino.
Portanto, a migração não é “sofrida” como muitos políticos acreditam, mas sim “escolhida”.
P: Quem lucra com esses mitos?
R: Os políticos que os propagam e reciclam. A imigração serve como o bode expiatório ideal para o descontentamento social (desigualdades crescentes, insegurança no emprego, falta de moradia acessível, erosão dos serviços públicos...).
Na realidade, esses problemas foram causados principalmente pelas políticas econômicas neoliberais, que, por exemplo, reduziram os impostos para os ricos, cortaram a proteção dos trabalhadores, corroeram os serviços públicos e negligenciaram a habitação social.
A segunda função política do “mito da invasão” é mobilizar o medo e o ódio de determinados grupos de migrantes e minorias.
Ao apresentar a imigração como uma ameaça existencial, os discursos xenófobos exploram nossos medos mais profundos e permitem que certos políticos se apresentem como defensores de seu povo contra o inimigo estrangeiro.
P: Como você descreveria as tendências de migração na Europa desde a virada do século?
R: No curto prazo, há flutuações intimamente ligadas aos ciclos econômicos.
Após a crise financeira de 2008, a migração para a Europa diminuiu por vários anos.
Entretanto, após a crise da covid, a escassez de mão de obra sem precedentes levou a um aumento da migração legal e ilegal para a América do Norte e a Europa Ocidental.
Os fluxos de refugiados têm sido altamente irregulares, com picos temporários quando há guerras próximas à Europa Ocidental, como foi o caso da Síria a partir de 2015 e da Ucrânia a partir de 2022.
No entanto, vistos em longo prazo, esses movimentos de refugiados são menos massivos do que se acredita.
Na Europa, o que claramente aumentou desde 2000 foi a imigração relacionada à mão de obra. O envelhecimento da população, combinado com um aumento nos níveis educacionais, levou a um aumento no número de empregos considerados precários, que os trabalhadores da Europa Ocidental não estão mais dispostos ou não são capazes de fazer, em setores como agricultura, construção, catering, entrega em domicílio ou limpeza.
L.Mason--AMWN