- Papa Francisco pede que as armas sejam caladas no mundo
- Afeganistão denuncia ataque paquistanês que deixou 46 mortos e promete resposta
- Avião com 67 pessoas a bordo cai no Cazaquistão; governo anuncia 28 sobreviventes
- Zelensky denuncia ataque 'desumano' russo contra rede de energia ucraniana no Natal
- Carga de ácido complica buscas por desaparecidos após queda de ponte entre MA e TO
- Congresso do Peru investiga suposta rede de prostituição no Legislativo
- Violência pós-eleitoral deixa mais de 20 mortos em 24 horas em Moçambique
- São Paulo anuncia contratação de Oscar
- Notre Dame de Paris celebra as primeiras missas de Natal após incêndio de 2019
- 'Deixem o canal': panamenhos protestam contra Trump em frente à embaixada dos EUA
- Ex-presidente Bill Clinton tem alta do hospital
- Barcelona chega à pausa de fim de ano em queda livre
- Belém vive mais um Natal ofuscado pela guerra em Gaza
- Suspeitas de trabalho análogo à escravidão em construção de fábrica da BYD na Bahia
- O retorno emotivo do fotógrafo da AFP Sameer al-Doumy à sua cidade na Síria
- Vazamento de ácido complica buscas por desaparecidos após queda de ponte entre MA e TO
- Rivalidade entre Sinner e Alcaraz abre nova era do tênis em 2025
- Ouro olímpico dá brilho a temporada apagada de Djokovic
- Gabriel Medina 'levita' em foto icônica da AFP em Paris-2024
- Guardiola diz que crise do City não se deve só a jejum de gols de Haaland
- No meio do oceano: o Natal solitário dos velejadores do Vendée Globe
- Sonda da Nasa atinge a maior aproximação do Sol até o momento
- Novas autoridades sírias anunciam acordo para dissolução dos grupos armados
- Snowboarder suíça Sophie Hediger morre em avalanche
- Trump critica decisão de Biden de comutar sentenças de morte de 37 prisioneiros
- Violência na sociedade sul-coreana, uma fonte de inspiração para 'Round 6'
- Explosão em fábrica de munições no noroeste da Turquia deixa 11 mortos
- Tenistas Alex de Minaur e Katie Boulter anunciam noivado
- Belém se prepara para mais um Natal sem brilho devido à guerra em Gaza
- Sucessor de Rúben Amorim deve deixar o Sporting, diz imprensa portuguesa
- Autoridades sírias anunciam acordo para dissolução dos grupos armados
- Papa celebra o Natal e inicia o Jubileu 2025, 'Ano Santo' em Roma
- Presidente alemão pede união após ataque contra mercado de Natal em Magdeburgo
- Explosão em fábrica de munições no noroeste da Turquia deixa 12 mortos
- Presidentes do Panamá advertem Trump que 'o canal não é negociável'
- Lula elogia 'força' da economia, apesar da desconfiança dos investidores
- Manifestantes protestam por desaparecimento de jovens em ação militar no Equador
- Ortega apresenta projeto de lei para controlar bancos na Nicarágua
- Chavistas pedem prisão e inelegibilidade de antigo Parlamento opositor na Venezuela
- Biden comuta sentenças de 37 dos 40 condenados à morte em nível federal nos EUA
- Ex-presidente dos EUA, Bill Clinton é hospitalizado com febre
- Cresce apoio a Blake Lively, vítima de suposta campanha de difamação
- AI saúda condenação da Corte IDH a El Salvador por negar aborto a mulher doente
- Fundador do Telegram anuncia lucro líquido pela primeira vez em 2024
- Inter vence Como (2-0) e segue na caça à líder Atalanta no Italiano
- EUA deporta para a Colômbia cofundador do Cartel de Medellín
- Vice do Equador pode voltar ao cargo após decisão favorável da Justiça
- Israel reconhece que matou líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em julho, no Irã
- Fifa modifica regra de transferências após 'caso Diarra'
- Congresso de El Salvador aprova volta da mineração de metais, promovida pelo presidente
Negociações para acordo UE-Mercosul entram em fase decisiva
As negociações para definir os detalhes finais do acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul entram em fase decisiva, embora as partes não escondam sua cautela sobre as possibilidades reais de aprovar o acordo ainda este ano.
Os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) devem apresentar na próxima semana sua contraproposta ao projeto de reivindicações da UE, que vazou para ONGs em março.
O acordo foi anunciado em 2019, mas o processo de ratificação ficou estagnado. O impasse foi agravado pela exigência da UE de acrescentar um "instrumento" ao acordo que contemple a proteção ambiental e as responsabilidades de cada parte.
A proposta apresentada pela UE, no entanto, foi mal recebida, principalmente pelo Brasil, uma vez que tornaria os compromissos ambientais voluntários à luz do Acordo de Paris em metas vinculativas e obrigatórias.
Em visita a Roma nesta quinta-feira, Lula não poupou críticas à proposta europeia, que qualificou de "inaceitável".
O ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial de Lula, sugeriu à imprensa brasileira que as negociações agora devem sair do nível técnico e comercial e passar ao nível político.
Lula já havia manifestado sua discordância durante a visita da chefe da Comissão Européia, Ursula von der Leyen, à Brasília.
Lula disse que o instrumento adicional ao acordo "amplia as obrigações do Brasil e as torna objeto de sanções em caso de descumprimento. A premissa que deve existir entre parceiros estratégicos é a da confiança mútua e não de desconfiança e sanções".
Nesse mesmo dia, Von der Leyen afirmou no Brasil que todas as partes precisam estabelecer "metas ambiciosas, como concluir essas negociações, o mais tardar até o final deste ano, ou pelo menos a parte política (...). A maior parte do trabalho está feita".
Apenas um dia depois, em Buenos Aires, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse que o Mercosul apresentará à UE as demandas do bloco "que tenham por objetivo acabar com os desequilíbrios ou assimetrias que objetivamente existem entre ambas as economias".
- Resistências -
Além dos detalhes técnicos e dos argumentos ambientais, a principal resistência ao acordo está no poderoso setor agrícola da França, que exerce enorme influência na definição da posição do país sobre o tema.
A Assembleia Nacional Francesa instou o presidente Emmanuel Macron em junho a exigir que os agricultores sul-americanos cumpram as mesmas regras ambientais e sanitárias que os produtores europeus, como base para a aprovação do acordo da UE com o Mercosul.
Além disso, solicitaram uma cláusula para suspender a aplicação do acordo caso os países do Mercosul não respeitem o Acordo de Paris sobre o clima.
A ministra do Desenvolvimento da França, Chrysoula Zacharopoulou, disse que há "condições essenciais" para apoiar um acordo, como o respeito ao Acordo de Paris e "um alinhamento do capítulo de desenvolvimento sustentável com nossos padrões ambientais e sociais".
Lula tem uma reunião agendada em Paris com Macron na sexta-feira, para uma conversa difícil que se concentrará em parte na relutância francesa ao acordo.
Em suas declarações em Roma, Lula disse que a França "é muito dura na defesa de seus interesses agrícolas", acrescentando que um acordo "é uma via de mão dupla, todo mundo tem que ceder alguma coisa".
Um diplomata sul-americano em Bruxelas comentou à AFP que "a proposta da UE foi considerada insuficiente por ONGs e produtores agrícolas, então teremos que ver como cobrir essa lacuna de posições".
- Vontade política -
Segundo a eurodeputada social-democrata espanhola Inma Rodríguez, as divergências se referem efetivamente ao desmatamento, mas acrescentou que "com vontade política" é possível que o acordo seja fechado.
"Espero que a contrapartida oferecida pelos países do Mercosul nos permita chegar a um ponto de encontro, porque não os vejo tão distantes. Vejo que os países do Mercosul estão comprometidos com o desenvolvimento sustentável", afirmou.
O eurodeputado espanhol Manu Pineda, conhecedor das questões latino-americanas no Parlamento Europeu, expressou sua esperança de que a UE "proponha um acordo equilibrado e respeitoso" e uma proposta "baseada no benefício mútuo, e não na submissão".
Um funcionário de um dos países do Mercosul e que pediu anonimato disse que "de fato, o alcance das demandas da UE, conhecidas em março, foram um ruído inesperado, e agora o mais importante é definir uma resposta que mostre o Mercosul unido".
Os quatro países sul-americanos têm "a firme expectativa de fechar o acordo, mas não vão assinar qualquer coisa", afirmou.
Y.Kobayashi--AMWN