- Fim do fact-checking causaria 'dano real' no mundo, alerta rede de checadores de fatos
- 'Estamos prontos': Maduro assume questionado terceiro mandato na Venezuela
- Milhares de romenos protestam contra a anulação das eleições presidenciais
- Nicolás Maduro, 'um presidente dos trabalhadores' que governa com mão de ferro
- Ministro das Relações Exteriores da Itália pede alívio das sanções à Síria
- Donald Trump enfrenta sentença simbólica, mas histórica
- Suprema Corte dos EUA examina caso de proibição do TikTok
- 'Apocalíptico': os espantosos escombros deixados pelo fogo em Malibu
- Regulamentar conteúdo nocivo na internet 'não é censura', diz ONU
- Incêndios devastadores em Los Angeles deixam 10 mortos
- Segurança do presidente sul-coreano pede para evitar 'derramamento de sangue'
- Maduro prestes a assumir terceiro mandato na Venezuela sob condenação internacional e da oposição
- Justiça russa adia em uma semana sentença contra advogados de Alexei Navalny
- Uruguai, um dos países do mundo que não registrou temperatura recorde em 2024
- Oposição venezuelana denuncia breve prisão de opositora; governo nega
- Supremo dos EUA rejeita pedido de Trump para suspender anúncio de sentença em NY
- Astrônomos alertam sobre poluição luminosa de projeto energético perto de telescópios no Chile
- Trump diz que 'presidente eleito González' expressa 'vontade' dos venezuelanos
- As celebridades que perderam sua casa nos incêndios de Los Angeles
- Oposição venezuelana denuncia breve prisão de Corina Machado; governo nega
- Everton e Fulham confirmam favoritismo e avançam na Copa da Inglaterra
- Suárez fala em 'expectativa' sobre possível contratação de Neymar pelo Inter Miami
- Marfinense Amad Diallo renova com o Manchester United até 2030
- Real Madrid vence Mallorca (3-0) e vai à final da Supercopa da Espanha
- Dezenas de milhares se manifestam contra extrema direita na Áustria
- Corina Machado é presa na Venezuela após protesto contra Maduro
- Premiê da Dinamarca reúne líderes partidários após fala de Trump sobre Groenlândia
- Panamá honra 'mártires' da luta pela soberania do Canal
- Dani Olmo e Pau Víctor são reinscritos e podem voltar a jogar pelo Barcelona
- Mudança de postura da Meta representa o fim do fact-checking?
- "Toda a Venezuela foi para as ruas": Machado lidera protesto contra posse de Maduro
- Promotor pede que Suprema Corte rejeite pedido de Trump para impedir anúncio de sentença
- Argentino Franco Colapinto deixa Williams e será piloto reserva da Alpine
- EUA experimenta unidade nacional efêmera durante funeral de Estado de Carter
- Everton anuncia demissão do técnico Sean Dyche
- Indústria têxtil de Bangladesh é reativada, mas precariedade de seus trabalhadores continua
- Tribunal dá vitória ao Bochum em jogo que terminou em empate com o Union Berlin
- EUA retoma queda de braço contra Agência Mundial Antidoping
- EUA experimenta unidade efêmera durante funeral de Estado de Carter
- Apreensões de cocaína no porto da Antuérpia caem drasticamente por controles reforçados na América Latina
- Zelensky: presença de tropas ocidentais na Ucrânia ajudaria a 'forçar a Rússia à paz'
- West Ham anuncia Graham Potter como novo técnico
- Cidade na França retira campanha de reciclagem considerada 'ofensiva' pelo Irã
- Meloni afirma que Elon Musk causa polêmica só porque é de direita
- Sorteio define chaveamento do Aberto da Austrália; João Fonseca estreia contra Rublev
- Joseph Aoun, o comandante-chefe do exército que assumiu a presidência do Líbano
- Dolce&Gabbana finalmente desembarca em Paris, com exposição antológica no Grand Palais
- Ex-presidente uruguaio Mujica revela que câncer se espalhou e que abandonou tratamentos
- Príncipe William elogia 'força notável' de esposa Catherine em seu 43º aniversário
- Arqueólogos reconstituem 'tesouros da Mesopotâmia' destruídos por jihadistas no Iraque
Atentado em Solingen intensifica debate sobre imigração na Alemanha
O alemão Wolfgang Matthes pede um endurecimento da política migratória após o ataque com faca cometido por um sírio em Solingen; a residente de origem polonesa Vivienne Vetter atribui o incidente à chegada descontrolada de estrangeiros, enquanto o turco Kadir Ayten teme que o episódio possa acirrar ainda mais as divisões no país.
O ataque de sexta-feira (23), que deixou três mortos e oito feridos em uma festa popular nesta cidade do oeste da Alemanha, foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI) e intensificou o debate sobre a imigração, com o partido de extrema direita AfD à espreita antes das eleições regionais no próximo fim de semana.
Vetter, de 26 anos, que chegou à Alemanha ainda criança, lamenta que os imigrantes mais recentes "não aprendam alemão e se comportem de qualquer maneira".
"Nos tiram vagas em creches, lares de idosos, dinheiro, moradias", disse à AFP esta jovem que trabalha no setor de atendimento a idosos e tem dificuldade em encontrar um apartamento a preço acessível.
"Se eles se integrassem, não teria nenhum problema com isso", acrescentou Vetter, que mora a apenas alguns minutos a pé do local do ataque.
A jovem estava entre a multidão que assistiu à homenagem do chefe de governo Olaf Scholz no local do ataque.
Na véspera, duas manifestações opostas ocorreram no centro da cidade: uma da juventude do AfD e outra de opositores à extrema direita.
- Acalmar os ânimos -
Scholz, do Partido Social-Democrata, comprometeu-se a endurecer a política de imigração.
Já o prefeito da cidade, Tim Kurzbach, pediu calma.
"Não se trata apenas de Solingen, é sobre o nosso país", declarou.
Não é a primeira vez que Solingen, uma cidade etnicamente diversa com cerca de 160 mil habitantes, enfrenta tensões entre suas diferentes comunidades. Em 1993, jovens neonazistas incendiaram a casa de uma família de origem turca, matando três meninas e duas mulheres.
O suposto autor do ataque, que se entregou no sábado, é um sírio de 26 anos que chegou ao país em dezembro de 2022 e havia escapado de uma ordem de deportação.
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque, afirmando que seu autor pretendia "vingar os muçulmanos da Palestina e de todos os lugares".
O suspeito, identificado como Issa Al H., estava alojado em um centro para refugiados próximo ao local do ataque que também abriga várias famílias ucranianas que fugiram da guerra com a Rússia.
- "Ponto de inflexão" -
Para Wolfgang Matthes, de 61 anos, o ataque marca um "ponto de inflexão no controle das pessoas que chegam ao nosso país".
"O governo deve endurecer sua política de asilo", destaca.
Assim como em outras partes da Europa, o aumento da imigração irregular se tornou um tema controverso.
Na Alemanha, a maior economia da Europa, o debate se intensificou no ano passado diante do aumento da imigração irregular.
Alguns moradores atribuem o ataque de sexta-feira a esse fenômeno, enquanto outros o consideram um incidente isolado e estão mais preocupados com as tensões que isso pode gerar.
"Este ataque não tem nada a ver com o islamismo", afirma Kadir Ayten, um taxista de 46 anos que vive na Alemanha há cerca de 20 anos e considera o ataque uma "imensa vergonha".
"Coisas assim podem dividir a sociedade. As pessoas terão mais medo dos estrangeiros", explica.
Resul Salihu, um sérvio de 18 anos que passou toda sua vida em Solingen, considera um erro culpar a imigração pela tragédia e "generalizar" sobre todas as pessoas que chegam à Alemanha.
"O medo motiva as pessoas e esse medo pode empurrá-las para [partidos] com políticas mais extremas", considera.
T.Ward--AMWN