- Roma tira Claudio Ranieri da aposentadoria para tentar salvar temporada
- UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência
- Irã diz que quer esclarecer 'dúvidas e ambiguidades' sobre o seu programa nuclear
- Justiça absolve Samarco, Vale e BHP pelo rompimento da barragem de Mariana em 2015
- Escolhas de Trump: duras em relação à migração, mas com desafios pela frente
- Azerbaijão tenta relançar COP29 após incidente com França e saída da Argentina
- A luta contra a fome no Lula 3, entre avanços e desafios
- Biden e Xi chegam a Lima para cúpula sob a sombra do retorno de Trump
- PF investiga ataque fracassado ao STF
- OCDE: fluxo de migrantes atinge recorde em 2023
- Argentina retira delegação da COP29
- Rei Charles III completa 76 anos com pouco a comemorar
- Irã alerta que não vai negociar programa nuclear sob pressão
- França utiliza todos os recursos para bloquear acordo UE-Mercosul, diz ministro
- Cúpula Ibero-Americana no Equador não terá vários líderes do bloco
- Homem com explosivos morreu após tentar entrar no STF em Brasília
- Biden e Trump têm reunião cordial na Casa Branca
- Uma pessoa é encontrada morta após explosões perto do STF
- Matt Gaetz, um trumpista fervoroso no comando da Justiça Federal
- Trump iniciará mandato com poder quase ilimitado
- Oposição venezuelana comemora futuro chefe da diplomacia dos EUA
- Banco Mundial incentiva América Latina a superar 'século perdido'
- Trump escolhe ex-democrata como diretora de inteligência
- Zverev vence Ruud e fica perto de vaga na semifinal do ATP Finals
- Misterioso colar de diamantes é arrematado por US$ 4,8 milhões em leilão na Suíça
- Milhares protestam em Paris contra evento em apoio a Israel
- Trump anuncia que senador Marco Rubio será seu secretário de Estado
- Justiça da Colômbia absolve irmão de Uribe em caso de homicídio
- Claudio Ranieri voltará a treinar a Roma aos 73 anos
- MP da França pede cinco anos de prisão para Marine Le Pen
- Duas semanas após enchentes devastadoras, Espanha ativa alerta vermelho para chuvas em Valência
- Gregg Popovich sofreu 'derrame cerebral leve', informam Spurs
- França se mobiliza contra acordo UE-Mercosul
- Contexto 'nos afeta muito', afirma técnico da seleção de Israel
- Eleição impulsiona negócios de Trump, mas desperta preocupação por conflitos de interesse
- 'Bem-vindo de volta', diz Biden a um triunfante Trump na Casa Branca
- França, Itália e Portugal buscam vaga nas quartas da Liga das Nações
- América Latina liga o alerta devido à expansão de lojas online chinesas de baixo custo
- Novas chuvas torrenciais deixam milhares de deslocados na Espanha
- França em pé de guerra contra o acordo UE-Mercosul
- 'Ordem do futebol mundial vem mudando', diz Dorival antes de jogo com a Venezuela
- COP29: Marina Silva diz que 'presentes de Deus' energéticos devem ser consumidos com moderação
- Tribunal argentino confirma condenação da ex-presidente Kirchner por administração fraudulenta
- Presidente da Federação Sul-africana de Futebol é preso por fraude
- Alcaraz se recupera de derrota na estreia e vence Rublev no ATP Finals
- Inflação sobe em outubro nos EUA impulsionada pelos preços da habitação
- Com Vini de volta, Brasil retoma corrida rumo à Copa contra a Venezuela
- Preso condenado à morte nos EUA usa jazz como ferramenta para defender sua inocência
- Orquestra Kimbanguista comemora 30 anos de música na RDCongo
- Catedral Notre Dame de Paris, pronta para receber o 'mundo inteiro' a partir de 8 de dezembro
Otoniel, o barão da cocaína colombiano que escalou todos os degraus do crime
Dairo Antonio Úsuga, "Otoniel", cuja sentença de 45 anos de prisão por tráfico de drogas foi anunciada nesta terça-feira (8) em um tribunal dos Estados Unidos, ascendeu nas fileiras de vários grupos armados na Colômbia até se tornar o maior barão da cocaína deste século. Provavelmente passará o resto de sua vida atrás das grades, já que tem 51 anos.
No final de 2021, quando foi capturado nas selvas do noroeste da Colômbia em uma operação que envolveu 500 militares e policiais apoiados por agências dos EUA e do Reino Unido, o então presidente da Colômbia, Iván Duque, o comparou a Pablo Escobar.
Em um tribunal em Nova York, para onde foi extraditado em maio de 2022, ele admitiu ter enviado 96.800 quilos de cocaína aos EUA.
Em janeiro, aceitou as acusações de organização criminosa contínua, conspiração para fabricação e distribuição de cocaína, assim como conspiração marítima para tráfico de drogas. Sua condenação ocorre em um momento em que o negócio da cocaína enfrenta uma crise inédita na Colômbia devido à superprodução e à mudança nos hábitos de consumo nos EUA.
O ex-líder do grupo paramilitar Autodefesas Gaitanistas da Colômbia (AGC), também conhecido como Clã do Golfo, esperava que sua admissão de culpa evitasse um longo e dispendioso julgamento. E talvez, uma decisão mais clemente da juíza Dora Irizarry.
De origem camponesa e acusado de abusar sexualmente de meninas, ele passou de guerrilheiro de esquerda a paramilitar de extrema direita, antes de se consolidar como chefão da cocaína.
Durante sua reclusão, o robusto narcotraficante reclamou das duras condições de isolamento que o impediam de falar com sua família ou receber correspondência.
Às vésperas de sua extradição, afirmou perante um tribunal que altos comandantes militares estavam envolvidos no tráfico e implicou políticos que se beneficiaram do controle territorial que tinha. Em retaliação por sua entrega, seus homens desencadearam uma onda de ataques que resultou na morte de cerca de trinta policiais.
- Negócio familiar -
Nascido em 15 de setembro de 1971 no município de Necoclí (noroeste), ele passou a liderar o Clã do Golfo após a morte de seu irmão Juan de Dios, em confronto com a polícia em 2012.
Junto com ele, havia montado uma organização criminosa com presença em quase 300 dos 1.102 municípios do país, principalmente em sua região natal, próxima à fronteira com o Panamá, mas também no Pacífico e no Caribe, estratégico para o envio de drogas, segundo o centro de estudos Indepaz.
"No trabalho militar, homicídios foram cometidos", admitiu em um tribunal do Brooklyn. Seu grupo, também conhecido como Los Urabeños e Clã Úsuga, "fornecia segurança para laboratórios e narcotraficantes, e cobrava impostos" pela cocaína.
"A AGC cobrava uma taxa fixa por cada quilo que era fabricado ou transportado pelas áreas controladas pelo grupo", detalhou. Sua irmã, Nini Johana Úsuga, foi extraditada em julho de 2022 para a Flórida para responder também pelo tráfico de drogas.
- 'Não era revolucionário' -
Otoniel, o sétimo dos nove filhos de Ana Celsa David e Juan de Dios Úsuga, um casal que dizia ganhar a vida com a venda de porcos, galinhas e gado no departamento de Antioquia (noroeste), ingressou aos 18 anos no Exército Popular de Libertação (EPL), uma guerrilha de esquerda que se desmobilizou em 1991.
"Ele não era revolucionário, era o que tinha e ele se juntou a eles", afirmou sua mãe em uma entrevista ao jornal El Tiempo em 2015.
Após a dissolução do EPL, se uniu às Autodefesas Campesinas de Córdoba e Urabá (ACCU), uma organização paramilitar de extrema direita criada para combater as guerrilhas e com ligações com o narcotráfico, que se submeteu à Justiça em 2006. Mais uma vez, Otoniel seguiu na ilegalidade.
Na Colômbia, suas vítimas pediram a "suspensão" da extradição, alegando seu direito de conhecer a verdade. Antes de deixar o país, ele disse ao tribunal que investiga os piores crimes do conflito que os ex-comandantes do Exército Mario Montoya (2006-2008) e Leonardo Barrero (2013-2014), foram seus cúmplices.
Também prestou depoimento a uma entidade não judicial chamada Comissão da Verdade, que denunciou o roubo das gravações em fevereiro do ano passado.
Sem ter nomeado um sucessor ainda, seus herdeiros das AGC buscam se beneficiar da política de "Paz Total", com a qual o presidente Gustavo Petro propõe a rendição em troca de benefícios penais para os narcotraficantes.
Porém, as negociações estagnaram e, em março, o grupo foi excluído de uma trégua bilateral proposta pelo governo às principais organizações armadas.
L.Mason--AMWN